quinta-feira, 24 de março de 2011

Aglutinação sanguínea

     Aglutinação é uma reação antígeno-anticorpo em que o antígeno geralmente é sólido ou o anticorpo é artificialmente aderido em material sólido, geralmente o látex. Esse tipo de reação é usada nas classificações sanguíneas e em diversos testes imunológicos, como as provas reumáticas, a reação de Widal para febre tifóide, etc.


     Os grupos sanguíneos ou tipos sanguíneos foram descobertos no início do século XX (cerca de 1900 - 1901), quando o cientista austríaco Karl Landsteiner se dedicou a comprovar que havia diferenças no sangue de diversos indivíduos. Ele colheu amostras de sangue de diversas pessoas, isolou os glóbulos vermelhos (hemácias) e fez diferentes combinações entre plasma e hemácias, tendo como resultado a presença de aglutinação dos glóbulos em alguns casos, e sua ausência em outros. Landsteiner explicou então por que algumas pessoas morriam depois de transfusões de sangue e outras não. Em 1930 ele ganhou o Prêmio Nobel por esse trabalho.


     A tipagem sangüínea é baseada na aglutinação do sangue ou na ausência de aglutinação na presença destes soros. A segunda etapa consiste em misturar o soro da pessoa (parte líquida do sangue sem as células) com sangue tipo A e tipo B (AB). O resultado desses exames possibilita determinar com exatidão o tipo de sangue de uma pessoa.


     Embora a constituição física geral seja a mesma para todos, cada pessoa é única. Cada pessoa possui identificadores celulares que permitem ao corpo identificar suas próprias células. Os identificadores comuns são A e B. Há um outro antígeno nos glóbulos vermelhos denominado fator Rh. A presença ou ausência desse antígeno determina se o sangue é Rh+ ou Rh-.


     Os grupos sanguíneos são constituídos por antígenos que são a expressão de genes herdados da geração anterior. Quando um antígeno está presente, isto significa que o indivíduo herdou o gene de um ou de ambos os pais, e que este gene poderá ser transmitido para a próxima geração. O gene é uma unidade fundamental da hereditariedade, tanto física quanto funcionalmente.


     O conhecimento da tipagem sanguínea é muito importante para o indivíduo, principalmente em casos de transfusão sanguínea, salvando-a em casos de risco à vida e, em alguns casos, serve até para ajudar a determinar a paternidade deste.

Esquema de transfusão sanguínea






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