quinta-feira, 10 de março de 2011

Transplante de órgãos e rejeição destes


     A imunologia é uma ciência que estuda não somente os mecanismos de defesa do organismo contra microorganismos, mas também, o reconhecimento desses. Tentando observar e caracterizar todos esses processos, o alvo da imunologia será o sistema imune e este, nos protege contra substâncias potencialmente nocivas ("antígenos"), como microorganismos, toxinas e células cancerosas. O sistema imune também terá a função de distinguir "o que é próprio" (self) do "que é estranho" (nonself), reagindo contra as que considera "estranha". A presença de sangue ou tecido estranho no corpo desencadeia uma resposta imune que resulta em reações à transfusão de sangue e rejeição de transplante de órgãos e, é nesse último que vamos focar.
        Transplantação trata-se à ação de transferir células, tecidos ou órgãos de um local para outro. O desejo de realizar transplantes nasceu da compreensão de que era possível curar muitas doenças pela implantação de células, tecidos ou órgãos saudáveis de um indivíduo para outro. Nesse processo pode ocorrer um fenômeno chamado de rejeição em que o "corpo" de indivíduo não aceita aquela parte alheia. 
        Paul Ehrlich em 1906 e Aléxis Carrel em 1910 foram os primeiros a atribuir causas biológicas para a rejeição. A descoberta dos grupos sanguíneos na década de 1920 pelo vienense Karl Landsteiner, e a descrição da natureza imunológica da rejeição dos transplantes de pele por Peter Medawar (prêmio Nobel nascido no Brasil, mas criado na Inglaterra) lançaram as bases para o estudo dos fenômenos imunológicos envolvidos na rejeição.
        Para diminuir o risco de rejeição, o doador e o receptor devem ter algumas características biológicas em comum, a fim de diminuir ou neutralizar esse obstáculo.
         O sangue e os tecidos contêm proteínas identificadoras na superfície que auxiliam a distinguir os tecidos "próprios" dos tecidos "estranhos". Essas proteínas podem agir como antígenos que desencadeiam a resposta imune, formando anticorpos contra os antígenos estranhos. O tecido é "tipado" de acordo com os antígenos que ele contém (antígenos de histocompatibilidade).
       Com exceção de gêmeos idênticos, duas pessoas não têm antígenos teciduais idênticos. Por essa razão, o transplante de órgãos e de tecidos quase sempre causa uma resposta imune contra o tecido estranho (rejeição), o que resulta em destruição do transplante. A "tipagem do tecido" assegura que o órgão ou tecido sejam, tanto quanto possível, semelhantes aos tecidos do receptor. Esse procedimento é realizado porque uma diferença maior de antígenos causa uma rejeição mais rápida e mais grave.


Então pessoal, para aumentar a chance daqueles que precisam seja um doador... Incentivem seus familiares a serem também. Vocês estarão salvando muitas vidas e, apesar de parecer clichê, ninguém morre enquanto vive em alguém, por isso: 
SEJA UM DOADOR!!!!



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